BROMELIACEAE

Canistropsis albiflora (L.B.Sm.) H.Luther & Leme

Como citar:

Miguel d'Avila de Moraes; Tainan Messina. 2012. Canistropsis albiflora (BROMELIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

12.913,765 Km2

AOO:

68,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie é endêmica do Brasil, com distribuição restrita aos Estados da Bahia e Espirito Santo; Foi registrada somente em ambientes superúmidos das florestas montanhosas do Espirito Santo e matas tabulares sul baianas (Forzza et al., 2010; Leme, 1998).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(iii)
Categoria: VU
Justificativa:

<i>Canistropsis albiflora</i> é endêmica do Brasil e tem distribuição restrita aos Estados da Bahia e do EspíritoSanto (EOO=10.958,21 km²). A espécie é naturalmente rara na natureza e sua distribuição é muito esparsa até mesmo nas áreas típicas de sua ocorrência. <i>C. albiflora </i>se desenvolve em áreas bem úmidas de florestas montanhosas e matas tabulares sul baianas, hábitats que estão sujeitos a diversas ameaças, especialmente a redução do hábitat.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Canistropsis albiflora foi descrita originalmente no gênero Neoregelia, e depois reposicionada taxonomicamente na obra Canistropsis: Bromeliads of the Atlantic Forest 31. 1998, o que levou a descrição desnecessária de Nidularium lymanioides E. Pereira & Leme, hoje sinônimo de C. albiflora. A afinidade morfológica de C. albiflora com C. simulans é evidente. Além da delicada textura das folhas e da forma curiosa da roseta foliar, difere também de C. simulans pelo ápice até quase arredondado das lâminas foliares, que é provido de diminuto apículo, brácteas florais inteiras ou quase e pelas sépalas glabras; pode se assemelhar a espécies do gênero Lymania quando estéril (Leme, 1998).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Leme (1998) afirma que C. albiflora é naturalmente rara na natureza e sua distribuição é muito esparsa até mesmo nas áreas típicas de sua ocorrência.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: A espécie ocorre no subosque de Florestas Ombrófilas Densas (Leme, 1998; Martinelli et al., 2009).
Habitats: 1 Forest
Detalhes: Planta herbácea, epífita do subosque da mata atlântica, em áreas bem úmidas, reproduzindo-se vegetativamente por meio de longos e delgados estolões. Tem hábito assemelhado às espécie do gênero Lymania e quando estéril pode ser com este confundida. Flores compatíveis com síndrome de entomofilia (provavelmente abelhas). Floresce de novembro a janeiro (Leme, com. pess.). É uma espécie muito sensível a períodos mesmo breves de ressecamento, que podem levá-la em pouco tempo à morte (Leme, 1998).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A espécie não se encontra protegida por nenhuma unidade pública de conservação (SNUC), estando sua população sujeita a diversas ameaças que incidem sobre as matas remanescentes ao norte do Estado do Espirito Santo e sul da Bahia, especialmente redução de habitat (MMA, 2008).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Considerada "Vulnerável" (VU) pela Listavermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie se encontra protegida por Unidades de Conservação, ao menos no Estado do Espirito Santo, entre ela a Estação Ecológica de Santa Lúcia (CNCFlora, 2011).